EXCESSO DE EXAMES
10 de agosto de 2020 às 20:27
Resumo
de artigo publicado na revista Visão Saúde Abr/Mai/Jun 2020
“MAIS
NEM SEMPRE É MELHOR”
Em consonância
a determinados estudos promovidos pela Associação Nacional de Hospitais Privados
(ANAHP), estima-se que cerca de 30% dos exames, testes, tratamentos e
procedimentos realizados sejam desnecessários segundo Henrique Neves Vice Presidente
desta Associação.
O
tema é de extrema relevância na medida em que este “fenômeno” avança certamente
ocorre uma evolução exponencial do custo da saúde no Brasil pois a composição
destes custos é atrelada diretamente a dois fatores: Inflação Médica e Aumento
da Frequência de Utilização dos Serviços do Plano de Saúde (número de exames e
procedimentos solicitados e realizados).
No
campo da saúde em si, a preocupação com eventuais danos aos pacientes se
originou em 2012 nos Estados Unidos através do movimento “Choosing Wisely” que
como o próprio nome diz, ressalta a ideia de que médicos, enfermeiros,
fisioterapeutas, pacientes e todos os participantes da cadeia da saúde façam as
escolhas mais sábias.
Para
os participantes da “Choosing Wisely”, a solução é a autocrítica de quem está
na ponta do atendimento. “Eu realmente preciso deste exame, terapia ou
procedimento”, quais são as desvantagens? Há opções mais simples, mais seguras?
O que acontece se eu não fizer nada?
Um
dos Coordenadores do Projeto no Brasil, Guilherme Barcellos indica que para se
ter avanços neste Projeto, é preciso convencer o médico e/ou os profissionais
de saúde de que o paciente não precisa daquela intervenção “se a redução de
custos acontecer e é bem vinda, que seja uma consequência indireta desses esforços”.
Da mesma forma, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) através da sua “Agenda
Regulatória” incluiu na sua pauta a Política de Promoção da Saúde e Prevenção
de Riscos (Promoprev) que tem como foco uma reorganização setorial, induzindo e
incentivando a mediação de resultados que gerem valor para os beneficiários.
Melhorar a saúde populacional e garantir a sustentabilidade do setor a partir
da redução de desperdícios são os objetivos da ANS
Portanto,
todos nós beneficiários, operadoras, rede prestadora, médicos e demais
profissionais da saúde temos grandes desafios para a manutenção e evolução do
mercado de saúde suplementar no Brasil e devemos pensar conjuntamente em todos
os pontos levantados pelos gestores responsáveis pelos movimentos aqui
apresentados.
Por
fim, temos que imaginar que o desperdício pode prejudicar, ainda, nossa saúde
na medida que diversos exames se apresentam, quando feitos de forma irracional,
prejudiciais a nossa saúde.
Então
sejamos racionais pois se conseguirmos reduzir o desperdício, poderemos fazer
muito mais e manter nossa saúde em dia!!!.
gs