Publicação "Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais" oferece ainda recomendações para nortear o uso seguro dos dispositivos
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Governo Federal lançou no dia 11 de março a publicação “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”, passo importante para a construção de um ambiente digital mais seguro para crianças e adolescentes brasileiros.
O documento norteia o uso
saudável das telas, além de promover práticas que reduzam os riscos associados
ao tempo excessivo diante dos dispositivos.
O Guia oferece ainda recomendações
para pais, responsáveis e educadores, abordando temas como o impacto das telas
na saúde mental, segurança online, cyberbullying e a importância do equilíbrio
entre atividades digitais e interações no mundo real e adota, entre outras, as
seguintes recomendações:
• Recomenda-se o não uso de
telas para crianças com menos de 2 anos, salvo para contato com familiares por
videochamada.
• Orienta-se que crianças
(antes dos 12 anos) não tenham smartphone próprios.
• O acesso a redes sociais
deve observar a Classificação Indicativa.
• O uso de dispositivos
eletrônicos, aplicativos e redes sociais durante a adolescência (12 a 17 anos)
deve se dar com acompanhamento familiar ou de educadores.
• Deve ser estimulado o uso de dispositivos digitais por crianças ou adolescentes com deficiência, independentemente de faixa etária, para fins de acessibilidade.
ACESSE O GUIA NO LINK ABAIXO
DESAFIO DAS TELAS — Ely Santos,
moradora de Teresina (PI), é mãe de Asenathe, uma menina que iniciou o contato
com as telas antes mesmo de completar um ano de vida. Com cerca de oito a nove
meses de idade, a televisão e o YouTube entraram na rotina da pequena como uma
forma de distração, permitindo que a mãe conseguisse realizar tarefas
domésticas com mais tranquilidade.
"Não que eu goste. Até
hoje minha opinião é que não é uma boa influência para as crianças. Porém, foi
um meio que aceitamos para que pudéssemos realizar algo mais sossegado ",
conta Ely, ressaltando que, embora tivesse receio quanto ao uso das telas,
acabou utilizando para obter um pouco de sossego para executar as tarefas do
lar.
A rotina de Asenathe não tem
horários definidos para o uso da televisão. "Surge mesmo pela necessidade
do dia a dia. É quando ela acorda, toma leite ou à noite, antes de
dormir", explica Ely. No entanto, a mãe reconhece que isso interfere até
mesmo no sono da filha. "Hoje ela já pede o controle para ligar no YouTube,
mesmo sem saber o que significa, mas ela sabe que vai assistir os vídeos que
ela gosta e, inclusive, já escolhe o que deseja assistir”.
A maior parte dos vídeos é
assistida na televisão. Ely compartilhou que, quando está presente, Asenathe
prefere assistir aos vídeos na companhia da mãe. "Se estou por perto, ela
quer que eu assista junto." Uma das dificuldades é o controle sobre o uso
das telas durante as refeições. "No início, eu não deixava ela assistir
quando ia fazer as refeições, mas depois perdemos o controle. Na maioria das
vezes ela faz as refeições assistindo a vídeos do YouTube”, conta Ely.
A mãe se preocupa com o
impacto que o tempo em frente à TV pode ter sobre a filha. "Às vezes ela
quer assistir e chora, mas se tem algo mais atrativo que chame a atenção dela,
como brincar ou alimentar a galinha dela, ela deixa de lado." A mãe também
busca alternativas educativas para os vídeos, optando por conteúdos que ensinam
cores, vogais e até louvores bíblicos. "Ela aprende muito rápido os
louvores e os gestos. Em vídeos violentos, eu digo que é feio, e ela
repete."
RESTRIÇÃO DO USO DO CELULAR NAS ESCOLAS —
O Guia dialoga com a Lei nº 15.100/2025, que restringe a utilização, por
estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares, nos estabelecimentos
públicos e privados de educação básica durante as aulas, recreios e intervalos.
A medida visa proteger a saúde mental, física e psíquica de crianças e
adolescentes.
A nova legislação permite
exceções apenas para fins pedagógicos ou didáticos, desde que acompanhadas por
professores, ou para estudantes que necessitem de acessibilidade. O objetivo é
garantir que os dispositivos móveis sejam utilizados de forma equilibrada e
benéfica para o aprendizado dos estudantes, evitando os riscos associados ao
uso indiscriminado.
CONSCIENTIZAÇÃO — A lei também determina que as redes de ensino e escolas desenvolvam estratégias para abordar o tema do sofrimento psíquico e da saúde mental dos estudantes. Isso inclui alertar sobre os riscos do uso imoderado de aparelhos e do acesso a conteúdos impróprios, além de oferecer treinamentos, capacitação e espaços de escuta e acolhimento para detectar situações de sofrimento psíquico.
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